Em meio às alianças partidárias que mais parecem
casamentos arranjados, PRD e Solidariedade acertam os ponteiros para decidir
quem segura o volante da nova federação na Bahia. A reunião das cúpulas
nacionais será nesta quarta-feira (16), em São Paulo, mas o desfecho já tem
cara, cheiro e nome: Luciano Araújo, deputado estadual e comandante do
Solidariedade no estado, deve ficar com a presidência.
Nos bastidores, o acordo é um xadrez político: Ovasco
Resende, chefão do PRD, assume o comando nacional da federação, enquanto
Paulinho da Força, líder do Solidariedade, emplaca seus nomes em São Paulo e na
Bahia. Troca justa ou jogo de sobrevivência?
Na capital baiana, a peça que pode ser sacrificada é
Francisco Elde, aliado de Bruno Reis e atual presidente do PRD no estado. Elmar
Nascimento, sempre com um plano em curso, quer pôr Marcinho Oliveira no lugar —
um deputado estadual em busca de abrigo depois de bater de frente com o União
Brasil.
Enquanto isso, a dança das cadeiras continua: Binho
Galinha, do PRD, ensaia voo para o Avante, e Pancadinha, do Solidariedade,
flertava com o PRD até ontem. Ninguém quer ficar sem legenda, mas todos querem
legenda com palco.
No fim, o que parece briga
por siglas é, na verdade, uma guerra silenciosa por território, tempo de TV e
sobrevivência política. O nome disso? Democracia em ritmo de bastidor.
Por Luiz Pedro
Jr. DRT 8493
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