sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Adolpho Loyola discorda de dados de pesquisa eleitoral na Bahia

 



Em tempos em que números ganham manchetes e fake news vestem terno e gravata, o secretário de Relações Institucionais da Bahia, Adolpho Loyola, decidiu não engolir calado a pesquisa do Instituto Paraná, que deu ACM Neto como um rei antecipado no tabuleiro do Palácio de Ondina. O levantamento — divulgado com pompa na última quinta-feira (31) — mais parece, segundo Loyola, um retrato tirado com lente de aumento seletiva.

Durante cerimônia da Medalha da Ordem 2 de Julho, Loyola não mediu palavras: “Essa pesquisa não reflete a realidade. Nem de longe. É uma foto? Ok. Mas está borrada, tremida, com filtro de nostalgia”.

Com aquele tom de quem já viu esse filme antes, o secretário foi além. Disse que o governo monitora tudo — com pesquisa sim, mas também com o que realmente importa: a reação das pessoas diante das políticas públicas. “Tem número que se manipula. Mas fome não se mascara. E é nisso que estamos focados.

Na sua defesa, Loyola sacou a principal arma do governo Jerônimo: o trabalho. Relembrou o programa Bahia Sem Fome como exemplo de ação concreta que, além de alimentar quem precisa, alimenta também a popularidade de Lula no estado. “A Bahia não é só território. É termômetro da democracia, e estamos fazendo um trabalho decente. O povo sabe. A resposta virá nas urnas — ou na mesa de jantar, onde a comida começou a voltar.”

Com a elegância de quem sabe que política não é só palanque, Loyola jogou no lixo a ideia de que ACM Neto já venceu e encerrou com um recado direto, como quem escreve em caixa alta sem perder a compostura: “A resposta para as críticas? É trabalho. Sempre foi.”

E que fique claro: Adolpho Loyola não está disputando simpatia, está disputando lucidez em meio ao espetáculo de vaidades que virou a pré-campanha na Bahia.

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