Após afirmar publicamente que o projeto de lei da Dosimetria não avançaria no Senado, o senador Otto Alencar (PSD) adotou silêncio após a aprovação do texto, enquanto o desgaste político da articulação recaiu sobre o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT).
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e
crítico declarado da proposta, Otto acabou conduzindo a tramitação do projeto
na comissão. Após articulação com Wagner, reduziu drasticamente o prazo para
pedidos de vista, o que permitiu a rápida aprovação do relatório e o envio da
matéria ao plenário no mesmo dia.
A negociação política foi assumida por Wagner, que fechou
acordo com a oposição para viabilizar a votação, gerando críticas dentro da
base aliada e acusações de que o governo teria beneficiado condenados pelos
atos de 8 de Janeiro. Enquanto Wagner foi à tribuna explicar o acordo e
absorver as críticas, Otto não se manifestou, apesar de seu papel decisivo no
avanço da proposta, contrariando o discurso que havia adotado anteriormente.
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